Arquimedes, a coroa e a história da expressão eureka

Já ouviu falar da expressão eureka? Quem falou essa expressão e qual a história por trás dela? É isso que vamos explicar agora. Acompanhe.

Imagem: imagens públicas do Google.

Arquimedes era um cientista grego. Ele vivia em Siracusa, por volta dos anos 200 a.C. O rei dessa região decidiu que queria uma coroa de ouro para usar.

O soberano, então, cedeu certa quantidade de ouro para um ourives fabricar uma coroa digna dele. Depois de alguns dias, o ourives trouxe a coroa pronta e entregou-a para o rei.

A coroa foi pesada, apresentando o mesmo peso do ouro fornecido ao ourives. O rei reparou na cor do adorno e suspeitou que o artesão pudesse ter roubado um pouco do ouro que lhe foi dado.

Querendo saber a verdade, requisitou que um cientista da corte, chamado Arquimedes, investigasse o assunto. O rei disse: “Descubra quanto ouro foi roubado!”.

Como encontrar a verdade? Arquimedes pensou sobre o problema noite e dia. Um dia, ele estava no banho com sua cabeça ainda imersa no dilema. Estava tão distraído que não notou que a banheira tinha enchido até a borda.

Ele entrou na banheira e, imediatamente, uma grande quantidade de água transbordou, encharcando todo o banheiro. E então ele percebeu algo e seu cérebro começou a funcionar freneticamente.

Arquimedes pulou para fora da banheira gritando “Eureka! Eureka!”, que em grego significa “Encontrei! Encontrei!”.

Ele se deu conta de que diferentes metais do mesmo peso possuem volumes diferentes. Quando os objetos são imersos na água, esta, por sua vez, tem seu volume deslocado. O volume de água deslocado será igual ao volume do objeto.

Por exemplo: um cubo de ferro pesando um quilograma irá dispersar certa quantidade de água. Um cubo de alumínio do mesmo peso, por sua vez, irá deslocar mais água do que o cubo de ferro.

Arquimedes conhecia todas essas teorias e, usando esse conhecimento como base, trabalhou em um plano para encontrar a pureza do metal na coroa.

Arquimedes pegou duas vasilhas e as encheu com água até a borda. Então ele colocou cada vasilha separadamente no meio de recipientes largos. Colocou a coroa em uma das vasilhas e a água transbordou, sendo coletada pelo recipiente que estava embaixo dela.

Após, ele usou um cubo de puro ouro, sendo que o cubo tinha o mesmo peso que a coroa. Imergiu o cubo na segunda vasilha e a água também transbordou, sendo recolhida no outro recipiente embaixo dela.

Arquimedes mediu a quantidade de água nos dois recipientes. Ele encontrou uma diferença na quantidade de água que transbordou: a coroa derramou mais água do que o cubo de ouro, embora ambos tivessem o mesmo peso.

Por causa do mesmo peso presente em ambas as peças, elas deveriam deslocar o mesmo volume de água, mas não foi o que aconteceu. Por isso, foi possível concluir que a coroa tinha outros metais misturados a ela, que ocuparam mais espaço do que o ouro puro.

Arquimedes contou ao rei sobre sua descoberta, o qual exigiu a verdade do ourives. O ourives, por sua vez, acabou confessando que havia roubado um pouco do ouro dado pelo rei e adicionado outros metais para deixar a coroa com o mesmo peso.


Tradução e adaptação: Professora Manuka. 


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